quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Experiência de Hershey e Chase (1952)

Para resolver definitivamente a questão do DNA, em 1952, Alfred Hershey e Martha Chase utilizaram vírus que infectam bactérias, por isso chamados bacteriógrafos, para realizarm experiências que contribuiram para confirmar que a molécula de DNA é o suporte físico da informação genética. Note-se que uma vez no interior da bactéria, o DNA do vírus multiplica-se e, por outro lado, a bactéria passa a produzir proteínas virais, que vão constituir a cápsula dos novos vírus, ou seja, a bactéra passa a "obedecer a ordens do vírus".

Antes de iniciarem as suas experiências, estes investigadores consideraram que:

  • Os vírus são seres simples que não apresentam metabolismo próprio, não sendo, por isso, considerados seres vivos. - Dependem de outros seres que infectam.

  • Os vírus não penetram nas células (a cápsula fica no exterior);

  • As proteínas da cápsula do vírus não têm fósforo (P), mas apresentam enxofre (S);

  • O DNA apresenta na sua constituição fósforo (P), mas não enxofre (S).

Isolaram, então, dois lotes de bacteriófagos (vírus que utilizam bactérias para se multiplicarem), que marcaram radioactivamente, parase conseguir seguir o seu trajectório ao microcópio. Num dos lotes, marcaram só o enxofre das proteínas (35S) e no outro somente o fósforo do DNA (32P).


Os bacteriófagos fixam-se na parede da bactéria, perfuram-na e introduzem nela o seu DNA. As proteínas da cápsula ficam no exterior. O DNA do vírus multiplica-se várias vezes no interior das bactérias. A bactéria "ao serviço do vírus" passa a produzir proteínas virais. Passado algum tempo, a parede da bactéria rompe e libertam-se para o exteior os vírus recém-formados. Como apenas o DNA viral penetra nas bactérias e não as proteínas, pode concluir-se que é o DNA que contém a informação genética necessária para a produção de novos vírus.

Sem comentários: